quinta-feira, 1 de julho de 2010

Goste de música, não apenas de rock

Credito o meu amor ao rock n’ roll as influências que tive na infância. Pai, tios, primos, amigos. Todos eles grandes admiradores de Hendrix, Stones, Beatles e afins.

Fui crescendo e adquirindo uma personalidade própria, descobrindo as minhas próprias bandas, fazendo amigos sem a necessidade de intermediários. E como todo garoto que está se auto descobrindo, ficando arrogante.

Para mim o rock era tudo, não tinha mais nada na minha alça de mira, nem samba, nem jazz, nem blues. Nem sertanejo, nem RAP, nem eletrônica. O que me seduzia era o rock, e quanto mais pesado melhor.

Hoje, mais velho e escaldado vejo que essa foi a pior fase musical da minha vida (da pré até quase o final da adolescência).

O rock continua sendo a minha referência, a minha paixão. Adoro ouvir um riff daqueles poderosos, um solo animal. Me arrepia a espinha e me deixa mais alucinado do que qualquer droga.

Mas percebo o quanto esse meu preconceito com outros estilos minaram a minha percepção musical. Sim, porque o rock nasceu do blues, que é irmão do jazz, que influenciou a bossa nova, que é parente do samba, que tem na sua levada os sons africanos. Africanos esse que embalados pelas suas alegrias e tristezas criaram o blues e o jazz, que são a semente do rock que ouvimos hoje. De Beatles a Metallica.

Aprendi que posso amar o metal da mesma forma que posso amar Baden Powel e a sua bossa instrumental. Que posso amar os Stones e o eletrônico dos Chemical Brothers. Que posso sacudir o esqueleto ao som do Iron mas também posso sacudir com Michael Jackson.

Os instrumentos são os mesmos, as notas idem.

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