domingo, 22 de março de 2009

Radiohead no Brasil, pela T.V.

Parei de acompanhar o Radiohead após o lançamento de “Ok Computer” de 1997.

Creep do álbum “Pablo Honey” de 1993 foi muito importante para mim na época e assim como para muitos fãs da banda foi o passo inicial para o ingresso no universo Radioheano.

“The Bends”, de 1995, para mim, perde para “OK..” na importância geral de disco conceito e tal mas ganha na força pop das letras e canções. Ouço-o muito até hoje.

Mas após “Kid A” a coisa ficou muito obscura para mim. E acredito que só para mim mesmo, pois a banda continuou vendendo bem. Não entendi, ou não consegui digerir, muito bem o conceito por trás de “Kid A” e “Amnesiac”. Para mim o Radiohead estava perdido e eu pulei fora do barco.

E então os caras finalmente vieram para o Brasil. De início mantive-me distante, sabendo que os ingressos seriam os olhos da cara e com outros shows nos meus planos, tentei ficar afastado das notícias e “causos” relacionados à banda.

Mas aí o lado fã falou mais alto e voltei a ouvir os discos mais antigos e também “Hail to the thief” e “In Rainbows”. Descobri que o Radiohead tinha encontrado um meio termo entre o excesso de experimentalismo e a facilidade da digestão do pop.

Não posso mentir, deu vontade de ver os caras ao vivo, mas já era tarde.

Então a saída foi vê-los pela TV. E foi muito bom. Não acredito que, se eu tivesse ido teria sido ruim, mas não me senti culpado ou arrependido.

A banda é competente. O show é milimetricamente planejado. Thom e Eddie são os mais ativos com o público, mas como já demonstrada em outras oportunidades a audiência brasileira é fenomenal e conseguiu extrair o melhor do comportamento de todos, mesmo dos mais tímidos, casso do guitarrista Johnny que entre uma música e outra tinha seu nome gritado em uníssono pela platéia.

No mais foi isso. Um punhado de músicas que vim a conhecer à pouco tempo mais algumas que eu já tenho familiaridade, uma banda que no palco se mostrou comportada demais em um show que visualmente salta aos olhos pela qualidade técnica, nada mais.

Como relato histórico valeu, mas em tempos de crise melhor mesmo foi eu ter guardado a grana para tiros certeiros.

Ah, continuo achando “Kid A” e “Amnesiac” chatos pra cacete!

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