Blogar o Rock
... And The Wind Screams Mary...
domingo, 9 de dezembro de 2012
Zakk sóbrio é muito bom!
Zakk Wilde esteve recentemente no Brasil com a sua Black Label Society. Fez grandes shows e todo o tour que um astro das 6 cordas do seu naipe faz quando desembarca em um país repleto de fãs como é o caso do nosso.
O que mais me deixou feliz nessa visita foi o fato de Zakk realmente ter largado o vício das bebidas. O que mais me chateia em um astro do rock é o fato deles acharem que temos que engolir qualquer coisa que falam ou fazem. Quantas vezes não pagamos caro por um ingresso e vemos o cara mijar, vomitar ou nem se apresentar? Isso pode ser bom para a mídia, mas para quem curte O SOM, nada é mais frustrante do que esperar horas para ver um cara bêbado e/ ou drogado no palco.
Zakk teve desses momentos. Em entrevistas, shows e afins mostrava-se um Ogro sem noção da realidade ou respeito por fãs e profissionais da imprensa.
Enfim, é muito bom vê-lo tocando muito e de cara limpa.
Separei dois vídeos da passagem dele pelo Brasil, espero que curtam.
Abs!!!
Obs.: Andreas toca muito!!!!!!!!
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Deftones
A muito devo um post bem caprichado sobre a banda Deftones.
Vamos lá....
Para quem não sabe, a década de 90 foi do New Metal (ou Nü Metal),
uma onda, um sub gênero, em que o importante era a inovação, a mistura de
estilos, a busca pelo novo.
Dessa safra de artistas mutantes, três bandas ficaram
mundialmente conhecidas e foram responsáveis por alavancar os sons do tal New
Metal.
Foram elas:
Korn, Limp Bizkit e Deftones.
Das três, o Deftones se destacava pelo peso do som das guitarras
de Stephen Carpenter, da sincronia e groove baixo de Chi Cheng e das baquetas
precisas de Abe Cunningham, tudo isso junto com o vocal, as vezes sutil, as
vezes gutural do vocalista Chino Moreno.
O primeiro álbum, “Adrenaline”, de 1995, já mostrava uma
banda que teria vida longa, pois percebia-se uma energia e uma personalidade
muito forte. Era um trabalho cru, com
muitas aparas a serem feitas, mas já dava para perceber o talento dos seus
integrantes.
Em 1997 a banda lança “Around The Fur”, um álbum em que as
pedradas vem uma atrás da outra. Nele o Deftones mostrou que o que faziam
estava a frente do seu tempo. Um som ao mesmo alternativo, pesado e por que não
dizer... pop. Com esse disco a banda excursionou como nunca e ganhou o respeito
de crítica e público.
Em 2000 veio a consagração. É esse o ano em que lançaram “White
Pony”, até agora o álbum de maior vendagem da banda. Esse disco é um divisor de
águas, nele o DJ Frank Delgado, antigo colaborador, é integrado a banda, é
nesse disco também que Chino Moreno começa a contribuir ativamente nas
guitarras. Nele o guitarrista Stephen Carpenter inicia uma busca por novos
sons, usando guitarras de 7 cordas. As letras de Chino para o álbum são mais
fantasiosas e o som da banda começa a mudar para algo menos pesado e mais
complexo. Para mim, “White Pony” é uma ponte.
A ponte a que me referi no texto acima diz respeito a “Deftones”,
disco homônimo da banda lançado em 2003. É nesse disco que todas as idéias que
podem ser percebidas em White Pony, tomam vida. O vocal de Chino está no ponto
certo, as letras, cada vez mais viajantes, o peso das guitarras de Stephen e a
cozinha de Abe e Chi são a base para que a banda como um todo soe coesa e
pesada, sem ser enjoativa. As bases de Delgado são minimalistas, o que só
acrescenta ao som da banda. “Deftones” para mim é um clássico.
Depois disso a banda mandou para o mercado, em 2006, “B-sides
And Rarities”, álbum de covers e de músicas lançadas apenas em EPs. Nada significativo.
Em 31 de Outubro de 2006 é lançado “Saturday Night Wrist”,
quinto álbum da banda e o mais irregular. É incrível como a química entre
produtor e banda precisa ser na medida certa para que algo funcione dentro de
um estúdio. O longo período em que ficaram com o produtor Terry Date só trouxe
bons frutos, porém a banda viu que precisava de novos desafios e escalou o
produtor Bob Ezrin (Lou Reed, Alice Cooper, Pink Floyd). Bob, de perfil
controlador e de personalidade forte, mudou toda a forma da banda gravar, o que
os desagradou demais, levando a desentendimentos e um longo período para regravarem
o material. Independente de isso ser um fator decisivo, o que se percebe no álbum
é um quê de remendos, parece que o disco é uma colcha de retalhos. Porém, ainda
sim é um bom trabalho.
Em 04 de Novembro de 2008, o baixista Chi Cheng se envolveu
em um sério acidente de carro, entrando e ficando em coma desde então. Nessa época
a banda estava a gravar o álbum que seria intitulado “Eros”, porém com o
acidente do colega de banda decidiram adiar o lançamento do álbum para se
concentrar em algo que os motivava naquele momento. Sentimentalmente estavam
abalados e queriam que essa dor, essa tragédia que abalou a banda estivesse
carimbada nas suas músicas. “Eros” foi engavetado, porém não foi negado pela
banda. Em um futuro ainda o conheceremos...
Superada a dor de ter um colega em coma, os caras da banda chamaram
Sergio Vega (Quicksand) para o lugar de Chi Cheng no baixo. Sergio já era
antigo amigo e também colaborador, tendo tocado com a banda em meados de 1998.
Junto com Vega foi lançado em 2010 o álbum “Diamond Eyes”, que sinceramente
para mim é o melhor da banda até agora. Diamond é um disco maduro. É perceptível
a evolução musical de toda a banda nele. Chi Cheng ficaria extremamente
orgulhoso do resultado final, a banda não poderia homenageá-lo de melhor forma.
Recém saído do forno, “Koi No Yokan”, lançado em 13 de
Novembro de 2012 é o sétimo álbum da banda, o segundo sem a participação de Chi
Cheng e o segundo com o baixista Sergio Vega fazendo sua participação, dessa
vez bem mais efetiva. A banda mostra-se feliz nesse disco, com músicas mais
psicodélicas, com Stephen utilizando guitarra de 8(!!) cordas e com um som que
aprendemos a reconhecer como sendo Deftones.
Bem, passados tantos anos, modas indo e vindo, bandas
começando, acabando, críticas, tragédias, pressões, tensões. Tudo isso dentro
de um caldeirão poderia ter estraçalhado a banda. Mas foi o contrário. Fiéis ao
seu som e ao modo como vêem a sua música, o Deftones marcou com seu selo de
qualidade a cena musical e imprimiu seu estilo ao longo de belos discos e
apresentações memoráveis.
Fica aqui minha homenagem a banda e minha força para a
recuperação de Chi Cheng.
Com vocês,
DEFTONES!
Mastodon - Discografia no Youtube (2002 a 2011)
Ouvir Mastodon não é fácil.
Não quer dizer que não seja prazeroso, apenas digo que a banda foge a regra de se enclausurar dentro de um estilo clássico de Heavy Metal. A banda é melhor descrita como sendo Sludge Metal, Prog Metal, coisas do tipo. Isso porque existem influências claras de rock progressivo, jazz, trash metal, punk, country (!!), hardcore e heavy nas músicas de Troy Sanders, Brent Hinds, Bill Keliher e Brann Dailor.
Portanto é necessário ter a mente e os ouvidos abertos para curtir o som da banda.
Eu, por exemplo, não paro de ouvir já fazem meses! E isso me fez criar esse post com os discos já lançados pela banda que estão TODOS disponibilizados no youtube para audição.
Vale a pena ir na ordem cronológica e perceber a mudança na sonoridade da banda, que está cada vez mais técnica e com músicas cada vez mais letárgicas!!
Divirtam-se!
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Hendrix, 70 anos
Um dia atrasado....
Johnny Allen Hendrix, ou simplesmente Jimi Hendrix, completaria 70 anos ontem caso estivesse vivo.
Poucos artistas alcançam um patamar o qual não necessitam de apresentações, Jimi é um desses.
Talvez pelo seu talento inigualável, pela sua morte precoce e trágica, ou pelos dois, Jimi desperta em todos uma sensação de admiração, carinho e respeito. Foi e continua sendo o maior guitarrista a pisar em solo terrestre.
O que será que Jimi estaria fazendo em seus 70 anos?
Bobeira ficar encontrando respostas para tal pergunta.....
Vamos sempre lembrar dele como o artista explosivo no palco, humilde e carinhoso fora dele.
Parabéns mestre!!!
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Izzy Stradlin
Quando se lembra de guitarras e Guns N’ Roses logo vem à mente Slash com sua cartola e seu cigarro no canto da boca. É meio lógico, pois o inglês sempre foi o showman ao lado de Axl, seus solos ficaram merecidamente marcados na história do rock e o figura continua na ativa, firme e forte.
Mas seria sem lógica de um desmerecimento sem comum esquecer de outro cara que mandava muito bem nas seis cordas dentro do Guns N’ Roses. Um guitarrista sereno, sempre de canto, mandando mega bases para que Slash deitasse e rolasse nos solos.
Nascido Jeffrey Dean Isbell, Izzy Stradlin é co-responsável por quase todos os mega hits do Guns N’ Roses. Saído de uma pequenina cidade do estado de Indiana para a Megalópole Los Angeles no meio dos anos 80, Izzy encontrou junto com Axl, Slash e companhia o caminho para o sucesso de forma meteórica. Junto ao sucesso muita droga, sexo e rock n’ roll.
Essa tríade o levou a um colapso e depois disso a abstinência das drogas pesadas. Foi nesse período limpo que Stradlin decidiu largar o Guns e puxar o freio de mão da sua carreira.
Coincidência ou não, depois da sua saída o Guns definhou até chegar ao ponto que todos sabemos.
Indiferente a tudo isso Izzy começou sua jornada solo, lançando discos em que o blues rock impera de forma ativa e viciante. É impossível ouvir apenas uma música do cara. Com sua voz rasgada e instrumental afiado, o guitarrista mostra porque fazia a diferença no Guns, mesmo não sendo o centro das atenções.
O maior hit da sua carreira solo veio logo no álbum de estréia “Izzy Stradlin and the JuJu Hounds”. “Shuffle it All” teve boa repercursão nas rádios e na MTV na época do lançamento (1992). Pode-se colocar também outra música de sucesso desse disco, “Somebody Knockin’”
Depois disso nunca mais visitou as paradas, porém nunca deixou de lançar discos, sendo o último de 2010 intitulado “Wave of Heat”.
Nos últimos tempos andou subindo ao palco com ex integrantes do Guns, sempre em separado! É possível encontrar vídeos dele em shows do Guns de Axl e com Slash e Duff.
Isso mostra que o cara realmente largou o barco por motivos pessoais e que continua mostrando ser o gente fina que transparece ser em suas músicas.
Abaixo seguem dois vídeos, o primeiro é o hit “Shuffle It All” e em seguida “Rollin Rollin” do seu mais recente trabalho.
P.S. Na minha humilde opinião, pelo seu trabalho no Guns considero Izzy Stradlin um dos maiores guitarristas base da história do Rock N’ Roll!
Mais infos, acessem:
Discografia de estúdio Bad Religion 1982 - 2010 (Youtube)
Serviço de utilidade pública
- How Could Hell Be Any Worse? (1982)
- Into the Unknown (1983)
- Suffer (1988)
- No Control (1989)
- Against the Grain (1990)
- Generator (1992)
- Recipe for Hate (1993)
- Stranger Than Fiction (1994)
- The Gray Race (1996)
- No Substance (1998)
- The New America (2000)
- The Process of Belief (2002)
- The Empire Strikes First (2004)
- New Maps of Hell (2007)
- The Dissent of Man (2010)
* Faltando The New America, de 2000
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Mark Tremonti - All I Was
Mark Tremonti ficou mundialmente conhecido por ser o
guitarrista da banda Creed e posteriormente do Alter Bridge.
Com influências que vão de Stevie Ray Vaughan a Zakk Wilde,
o americano nascido em Detroit conseguiu imprimir sua marca e seu estilo, sendo facilmente identificada
nas primeiras notas de cada uma de suas músicas.
Guitarrista virtuoso, mas contido, procura entregar o que a
música pede. Nem mais, nem menos, assim criou diversos hits tanto com o Creed
quanto com o Alter Bridge.
Ao que parece seu voo solo como guitarrista e também
vocalista trará bons frutos.
"All I Was", o primeiro lançamento de Tremonti comandando
tanto as seis cordas quanto o vocal trás todas as fórmulas já consagradas do
guitarrista.
Está lá o peso, o virtuosismo, as baladas, tudo isso
impresso com muita qualidade.
Mark não desaponta nos vocais e o álbum trás boas letras e
bons arranjos, um disco de rock n’ roll na sua essência.
E sem o chato do Scott Stapp! =)
Confiram!
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Temple Of The Dog
Em Março de 1990 Andrew Wood, então vocalista da
banda Mother Love Bone, morre aos vinte e quatro anos, vítima de overdose de
heroína.
Isso causou comoção na efervescente
cena musical de Seattle, uma vez que Andrew era tido como possível maior
estrela da crescente movimentação musical e comportamental da fria e chuvosa
cidade norte americana.
Chris Cornell, vocalista e
guitarrista do Soundgarden, outra das bandas que lentamente alcançavam os
holofotes da mídia e público ficou muito sentido com a perda do amigo pessoal e
junto com o companheiro de banda e baterista Matt Cameron mais os integrantes
do Mother Love Bone Stone Gossard e Jeff Ament (guitarra e baixo, respectivamente)
decidiram que a maior homenagem que poderiam fazer ao amigo morto era o que
faziam de melhor, música!
Sentiram que ainda precisavam de um
guitarrista solo e um vocal de apoio. Para isso entraram em contato com Mike
McCready, amigo pessoal de Stone Gossard e um solista de mão cheia, com
influências de Jimi Hendrix e Stevie Ray Vaughan.
Para o vocal de apoio, chamaram um
desconhecido Eddie Vedder, o qual Stone Gossard e Jeff Ament já tinham ouvido e
gostado muito do timbre de voz. Mais tarde ele junto com Mike seriam
introduzidos a nova banda de Jeff e Stone, um tal de Pearl Jam....
Eddie foi peça fundamental na gravação
do hit “Hunger Strike”, uma vez que Chris Cornell não conseguia atingir os
timbres e a força vocal que Eddie conseguiu. O dueto virou um clássico do
grunge.
Entraram em estúdio e o resto virou
história.
Intitularam a banda e o único disco
com o nome “Temple of the Dog”, mais uma homenagem a Andrew, uma vez que o nome
foi retirado de uma de suas músicas “Man of Golden
Words”.
Essa homenagem transformou-se
em um clássico do rock, com letras e arranjos lindos. Foi um sucesso tanto de
crítica como de vendas.
Ocasionalmente os
integrantes do Pearl Jam e Soundgarden tocam juntos algumas músicas do projeto,
para lembrar e agradecer a Andrew por tudo que fez em vida.
E Andrew, com certeza,
deve agradecer a seus amigos por tudo que fizeram por ele.
E a nós, cabe apenas
fechar os olhos e abrir os ouvidos e o coração.
sábado, 19 de maio de 2012
Metallica - Some Kind Of Monster
Nos acostumamos a olhar para o palco e reverenciar nossas
bandas.
É quase como ir a igreja.
É uma celebração.
Para nós, mortais, eles em cima do palco são deuses,
transcenderam a esfera que separa a realidade da fantasia. A nossa fantasia é a
realidade deles.
Dentro do rock existe um tipo de fã que reverencia como
ninguém seus ídolos, essa galera são os fãs de Heavy Metal.
Eles são fiéis, devotos até o último acorde, a última nota.
Superam dificuldades mil para celebrar sua banda, seu ídolo.
Dentro do universo do Heavy Metal o Metallica está no topo
da cadeia alimentar. Superou barreiras e transformou-se em um ser de vida
própria, deixou de ser banda para entrar no hall de mega bandas. Lotam
estádios, vendem milhões de discos. Isso tudo com um som pesado e sujo, que
superou a esfera dos fãs de Heavy Metal para chegar à sala de estar de todos
mundo afora.
Como isso afeta a mente de uma pessoa? Como será que lida
com isso diariamente aqueles que colocamos como seres supremos, mas que na
verdade são pessoas como eu e você? Com família, amigos, problemas pessoais e
profissionais?
É esse o tema de “Some Kind Of Monster”, documentário que
relata o dia a dia de gravações do Álbum “Saint Anger”, que quase acabou com a
banda.
O mais espetacular desse documentário é tirar a mascara por
trás dos rostos daqueles que vemos como super heróis. James e Lars são
controladores, meticulosos e geniosos ao extremo. Kirk fica no fiel da balança,
sem poder de opinião e com uma frustração latente em cada cena. A falta de um baixista só agrava as coisas e
ver Jason feliz com sua nova banda deixa os integrantes a ponto de um ataque
nervoso.
Tudo isso entra na nossa mente como se fosse uma avalanche.
É revelador, assustador e obrigatório!
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